A conversa inicial nesta FLIM coloca Eva Potiguara, escritora e contadora de histórias, e Rodney William, babalorixá e antropólogo, duas vozes que trazem a literatura e um pensamento fruto da oralidade como matriz. Em diálogo, essas ricas ancestralidades nos apresentam formas de entender outras cosmogonias e, com isso, nos ajudam a criar diferentes maneiras de apreensão do tempo.

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As crises da contemporaneidade, atravessadas por questões raciais e de gênero, permeiam a conversa entre a psicanalista e escritora Eliane Marques, a poeta e psicóloga Lubi Prates e a jornalista Dani Arrais. O tempo presente nos apresenta algumas urgências como a preocupação com a saúde mental, o estresse causado pelo trabalho e pelas redes sociais, a maternidade e a sobrecarga mental das mulheres, o racismo e a violência do mundo, entre outros. Nessa mesa, as emergências do hoje serão pauta para que Marques fale sobre psicanálise, ancestralidade e futuro; Prates apresenta sua perspectiva de poeta e psicóloga, ambas mulheres negras, unindo psicologia, feminismo e relações raciais. E para conduzir essa conversa, Dani Arrais apresenta sua perspectiva como mulher e mãe, vivenciando a dupla maternidade e sua atuação nas redes sociais, escrevendo sobre saúde e bem-estar.

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3ª Mesa Literária

Qual é o som que a literatura tem hoje? Antonio Prata, escritor e roteirista, e Maria Stockler Carvalhosa, escritora e curadora da editora de audiolivros Supersônica, se unem em uma conversa descontraída para falarem sobre o que temos escutado de literatura. Podcast literário? Audiolivro? Booktubers? Roteiros? Como a literatura tem sido consumida a partir desses novos formatos, quais os impactos desses hábitos no mercado e dicas do que acessar farão parte desta mesa.

Como narrar o tempo da vida é o tema central da mesa que reúne a escritora Bianca Santana, a biógrafa Joselia Aguiar e o jornalista Manuel da Costa Pinto. A partir do conceito de Escrevivência, de seu livro Quando me descobri negra e de sua tese sobre escrita e memória de mulheres negras, Santana nos contará como a escrita de mulheres negras pode ser entendida como estratégia de construção de subjetividade e luta contra o racismo. Versará também sobre sua própria produção literária e como a escrita se desenvolveu em sua trajetória. Joselia Aguiar nos conta sobre sua experiência como biógrafa do escritor Jorge Amado e seu novo projeto, a Coleção Brasileiras. E o jornalista e crítico literário abordará o tema da escrita de si a partir de clássicos da literatura como Em busca do tempo perdido, do escritor francês Marcel Proust, e a escrita da ganhadora do Nobel de Literatura (2022) Annie Ernaux. A conversa abordará temas como memória e o olhar para o passado para repensar o presente e o futuro.

Diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, as ciências e a literatura são grandes aliadas para repensar a relação dos humanos com o ambiente. Nesta mesa, o pesquisador Jean Ometto e a escritora Ana Rüsche conversam sobre a elaboração de formas menos predatórias de estar no mundo e caminhos coletivos para encarar a crise climática.

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Se olhar para o amanhã é um jeito de lidar com as complexidades do tempo presente, é nas expressões culturais que essa tendência ganha maior fôlego. Nesta mesa, astrologia, música e literatura serão temas de uma conversa que pretende colocar em questão diferentes formas de elaborar futuros individuais e coletivos, ao mesmo tempo que se olha para o presente.